RESENHA

Esta resenha apresenta pontos de pesquisa realizada pelo grupo sobre mães adolescentes, pois trata da gravidez na adolescência é lidar com um acontecimento complexo, tendo em vista que implica o envolvimento de vários fatores de natureza social, econômica, psicológica e fisiológica.


Este estudo também aborda as praticas de cuidado à saúde tendo como foco a mãe adolescente, sua família e seu filho, tendo em vista o enfrentamento da família com a chegada da criança, alterações na vida familiar e a participação no cuidado da criança.

Para ter conhecimento sobre o assunto, o grupo recorreu a diversas fontes de pesquisa e disponibilizou-as no blog do grupo. Com o propósito de produzir esta resenha critica sobre o assunto mães adolescentes, selecionamos diversas fontes, tais como: Pantoja (2007), Motta (2004), Baker e Castro (2002), entre outros.

A investigação de Pantoja (2007) sobre a gravidez na adolescência, mostra que a mesma é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta e quando a sexualidade aflora como fundamental importância para o crescimento da mesma, determinando a identidade, auto-estima, relações afetivas e a estrutura familiar. É uma fase onde há modificações no comportamento, onde requer cuidados por parte dos familiares e educadores visando assim a repercussão, entre elas, a maternidade precoce.

A família, os amigos e o ambiente escolar são elementos fundamentais na vida da jovem, ajudando-a a lidar com o problema atual e com sua vida futura. Neste caso, percebe-se que os filhos destas mães adolescentes têm o suporte e cuidados dos familiares embasadas na cultura e condição socioeconomica de cada um, porque muitas vezes a adolescente não tem prática com o recém-nascido, e também por estar reorganizando sua vida.

"Engravidar ainda adolescente mobiliza, portanto, questões basilares relativas às instituições da nossa sociedade e da formação dos individuos, tais como sistemas de saude pública, a escola e certamente, a propria família". (PANTOJA et al, 2007).
Com base no exposto pelo autor, as meninas grávidas precisam adquirir habilidades para cuidar de seus bebês, e essas habilidades na maioria das vezes são ensinadas pelas mães, irmãs mais velhas, avós e vizinhas, ou até mesmo da experiência de cuidar dos irmãos mais novos, portanto, um dos objetos de estudo é a vivencia de estudo entre famílias e mães adolescentes.

Motta et al (2004), descreve que as mães adolescentes que deixam seus filhos aos cuidados de seus sogros ou pais, tem possibilidade de terem filhos ansiosos e inseguros, refletindo portanto, no vir-a-ser destes indivíduos e com essa afirmativa, muitas das famílias taxam as adolescentes de não saberem cuidar de seus filhos, construindo influencias externas na criação dos mesmos, fazendo com que acreditem ser incapazes de fazê-lo.

“Discutir e investigar a temática da gravidez na adolescência conduz, com certeza, à reflexão sobre os estereótipos estabelecidos e sedimentados por meio da cultura, dos hábitos, das crenças, dos valores, dos aspectos econômicos, entre outros” (Motta et AL, 2004, p. 250).
A gravidez na adolescência constitui um dos grandes desafios a serem enfrentados atualmente por todos aqueles que lidam direta ou indiretamente com a jovem mãe, sejam os pais, educadores, profissionais, familiares, comunidade e governo. A nova situação de ter um filho acarreta profundas alterações intra e interpessoais, com a possibilidade de revisões, ampliações e modificações dos aspectos da identidade de cada membro familiar. A vinda de uma criança de maneira inesperada para a adolescente gera uma alteração radical em sua vida, deixando de realizar ou adiando algumas atividades próprias da sua idade, tendo necessidade de assumir compromissos para os quais ainda não está preparada.

A gravidez vem ocorrendo numa idade muito precoce, inspirando cuidados na área familiar, educacional e hospitalar, para que possa ser dado o suporte adequado às estas jovens e ao bebê durante o processo de gravidez. Com base nisso, Baker e Castro (2002) ressaltam que:

"reduzir a gravidez a apenas um conjunto de sintomas orgânicos ou a dificuldades emocionais (...) é empobrecer todo o processo e perder a oportunidade de trazer seu significado à tona para o sujeito e poder implicá-lo no processo".
Dentro dessa visão, a gravidez na adolescência traz várias formas de sofrimento, principalmente como será o futuro destas jovens mães, questões familiares e sociais. Dessa forma, as adolescentes experenciam a gravidez procurando saber suas reações face à descoberta de que seriam mães e como pretendem enfrentar esta nova realidade em suas vidas.

Tomar conhecimento desta vivencia em que as mães adolescentes se encontram: despreparadas fisiologicamente e psicologicamente. Onde muitas delas quando dão a noticia à família e ao companheiro, não têm o apoio familiar, mas ao se acostumarem com a idéia da gravidez passam a apoiá-la. Muitas delas também recebem orientação para com os cuidados com recém nascido através das mães, avós, vizinhas, etc. Isto foi confirmado através da coleta de dados para a produção do texto e da elaboração dos quadrinhos, vídeo e charge, enriquecendo ao nosso conhecimento de mundo.